A Escrita


É quando ouço o som pela janela de dormir
Desse que entra num singular por se sentir
Me desperta a atenção para o quintal escuro
Será que estou louco? Que faço?

É quando me pego no susto de minha saudade
No suspirar de meus pensamentos perdidos
No se mexer na cama como bicho mordido
Que ouço teu som sereno no meu se perder

A hora já nem importa quando a vontade vem
A caneta,o primeiro papel, a primeira palavra
O desabrochar pra vida na primeira golada
Na primeira frase,na primeira chorada

A poesia bem assim se faz,sem menos,sem mais
Sem mais imaginar ser,sem menos endurecer
Toma forma,toma pulso,toma gosto,sem desgosto
Me faz assim sentir,assim não desistir
De ser o que minhas palavras são,
Tão somente eu ,pão saudoso do teu gosto

Comentários

  1. Hugo
    Ou vc anda muito profícuo ou tua gaveta estava aborratada! Cara, cada poema lindo que você escreve. E digo lindo do ponto de vista da POESIA VIVA de verdade... não o poema de araque feito para agradar literatos de academias. Poema com fórmulas como equações matemáticas. POESIA por EXISTIR e Só!

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