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-- - profissão ---

É que quando eu crescer Quero ser poeta mãe Quero escrever como Os grandes Mas nao quero ser adulto não. Quero ser poema puro Poeta de profissão Salário bruto Certo de sorrisos E benefícios pro coração Licença maternidade De cada obra que Irei parir Mãe, meu contra- cheques Será de emoção Cheio de sorrisos E eu confesso que nem ligo Se eu for demitido Vai ter sempre muito amor Querendo me contratar.

--MAR E RIO--

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O Menino parou e colocou na balança da vida o que ele queria ser se pudesse escolher; -Mar ou Rio. Do mar gigante, pesado e lento, profundo, salgado, obscuro e calmo. uma falsa calmaria como meu pai diria: - tudo que é muito calmo é perigoso. Ou do rio estreito, rápido, caçando caminhos, se adaptando, batendo e escorrendo nada o segurando. mesmo quando travado na barragem Rio fugia e quando retido, imagina, virava represa gerava energia. Água de rio caçava maneira Água do mar virava onda Água de rio cortava caminhos Água do mar tirava o mal olhado Água de rio matava a sede Água do mar cortava continentes Mas água do rio tinha nascente. Disseram que uma era de oxum e a outra de iemanja... Então confuso ele resolveu parar. Ouviu de Netuno que o mistério não estava no rio e muito menos no mar mas numa tal molécula de ser gênio. virou duas de hidrogênio com uma de oxigênio e começou sem saber a gerar vida e alegria o menino curioso passou a beber

seca

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tem época que a poesia entra em seca e nada nasce do barro morto desse sertão não tem semente certa de poema nada nasce no luto da imaginação. as sementes guardo no bolso pois nunca sei o chão que encontrarei de certo não sei o que preciso talvez um copo com água e algodão. assim como nas aulas de ciência quando criança brincava de fecundar o feijão. ahh, os meus fofos poeminhas de coração.

- Para um ano de perdas de gente querida--

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Se eu me for, e eu me vou, não estarei no lugar dos que se foram e nem precisarei de visitas ou prantos; prefiro lembranças e acordes de violão. - Canta aquela do Raul , "coisas do coração" Se eu me for, e eu me vou, não quero flores nem lágrimas, não quero mágoa nem descontentamento, não quero que fique nada de lamento ; Prefiro o sorriso roubado ao se lembrar o quanto te fiz sorrir. Se um dia desses eu me for, e eu me vou, não quero que me escrevas -como se eu fosse ler-, não quero que digas que eu era um cara bacana ; Prefiro que me desenhes,que me poetize em uma folha ou que me musique talvez nos acordes do amanhã. Se eu me for, e eu me vou, não me visite em epitáfios, não me faça oferendas, não me traga à mesa branca ; mas dance por mim como se comigo fosse, sinta meu toque no baião, sinta essa pulsão. Se um dia eu me for pra sempre, e uma hora eu vou, não pense naquilo que não vivemos, na dor do que não foi ; fibrile na alma tudo que vivemos e da energia que tivemo

---SUJEITO OCULTO----

Ele disse que ela era uma negra até Bonita tu disseste que ele era um Gordo até charmoso, Uma loira gostosa que não era Burra Um fortão até que inteligente e aquele “viado com postura” -nem parecia- Nós dissemos que eram pobres mas eram limpinhos e vós conjugueis errado nas pessoas de cada singular nesse “pré-conceito” plural. no dia a dia superficial -rótulo banal- Pretérito menos que perfeito esse teu estranho jeito de ver menos qualidades ressaltando o que acreditas ser defeito. com todo respeito.... Concordando o verbo Consigo lhe digo: -xáComigo, EU Tô de olho em você.

RETRATO

Um garoto sentado no banco de uma praça com um violão no meio da tarde uma segunda feira era o retrato do acaso e do descompromisso mas com uma suavidade de despreocupação com a vida. Uma mulher pedindo dinheiro pra comprar um remédio pro filho doente era a imagem da pobreza e do sofrer na rodoviária daquela cidade grande. Um abraço do casal bem agarrado na despedida antes do embarque era a saudade materializada sendo extirpada. Uma gargalhada sem fim do senhor de idade com sua neta na pracinha do bairro,era a própria alma do amor encantado pelo ser. Uma árvore que balançava e soltava suas folhas, ainda envergada pelo vento forte que batia aquela tarde, era uma imagem de resiliência e do jogo de cintura da natureza. Uma discussão de bar sobre a vida, relacionamento e o tempo era filosofia de garrafão de vinho entre amigos naquele momento. Quando se parava lentamente para o observar os movimentos e retratos que se moviam daquele mundo, tentava-se guardar na memória como um qua